domingo, 4 de outubro de 2009

Dia 26/07 – Ubatuba, SP

Na espera das postagens dos outros dias, meu texto sobre essa data ficou mofando por mais de um mês.... Resolvi postar antes que crie raízes... Segue abaixo os causos de mais um dia de viagem...

Depois de 42 horas de viagem. Sim! Quarenta e duas horas! Chegamos à Ubatuba. Era por volta das 7h. E ao chegar, uma estranha sensação de estar em casa permeou os brasileiros, apenas pelo fato de estarmos em nosso estado, talvez. Não que essa sensação tenha trazido alegria, pelo contrário, trouxe aquele aperto no coração de fim de viagem. Sr. João, dono do Enseada Hotel, nos recepcionou simpaticamente, nos fazendo sentir ainda mais em casa.
Alguns ficaram acordados tomando café-da-manhã, outros foram dormir e tomaram café mais tarde, outros “poucos” tomaram café, foram dormir e tomaram café novamente mais tarde (o meu caso). Isso tudo porque, depois de tantos dias sem um belo sono, não tínhamos horário para acordar. Uhuu!
Mais ou menos 13h, os franceses e alguns brasileiros foram para o centro de Ubatuba para conhecer o local e fazer algumas comprinhas básicas de lembrancinhas da viagem. Enquanto isso, outros brasileiros ficaram na pousada do Sr. João. Dentre os que ficaram, alguns adiantaram parte do trabalho para Seminário final do dia seguinte, outros relaxaram pela praia, enquanto eu, Clara, Carol e Maurício, que desistiu no meio da caminhada, fomos ao mercado comprar ingredientes para o bolo e para as bebidas da festinha surpresa que faríamos para a Mariane, já que ela passou o dia de seu aniversário (25) num ônibus de viagem. Que maravilha, hein! Voltamos e ficamos um pouco apreciando a praia.
Aqueles que foram para o centro, comeram por lá. E nós, comemos no Bar Zenaide, um restaurante a beira-mar, que serviu alguns pratos rápidos e outros nem tanto. O Kevin, o francês mais desligado da viagem, perdeu o ônibus para o centro e almoçou conosco. Enquanto almoçávamos, a trupe urbana voltou à pousada, apressando nossa refeição. Todos os grupos se reuniram para terminarem seus projetos. Enquanto isso, algumas pessoas deram “perdidos” na Mari para preparar seu bolo e alguns brigadeiros, que terminaram em sua maioria como trufas, devido à falta de granulado.
Bolo pronto! Começou o...

Parabéns pra você! Nesta data querida! Muitas felicidades! Muitos anos de vida! (bis)
E pra Mariane nada! (Tudo!) Então como é que é? (É!)
É pic/pica! (5x)
É hora/rola! (5x)
Rá-tim-bum/No seu cu!
Mariane, Mariane, ...

Aí foram abraços, beijos, palavras... Huuummmm.... Bolo gostoso! Brigadeiros...
Voltamos ao trabalho, até porque alegria de universitário dura pouco. E em meio aos estudos, o clássico Palmeiras e Corinthians rolando na sala da casa. Jogo que terminou em 3x0 para o verdão! Muitas emoções entrelaçadas.
Neste dia, varamos a noite terminando as apresentações. As horas passavam, mas a movimentação continuava a mesma.
Escrito por Evelise Pereira Barboza

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dia 23 - Pantanal

O dia amanheceu com cara de que seria ensolarado como todos, porém logo nos primeiros momentos mostrou-se friozinho e chuvoso. Aquele dia perfeito para ficar acolhido no hotel... e, para alegria do corpo que pedia descanso (pelo menos o meu), foi isso o que ocorreu na parte da manhã.

Já durante o café, descobrimos com euforia que alguns jacarés se hospedavam no rio que passava pelo hotel, não foi difícil perceber que isto se deve ao fato de encontrarem comida fornecida pelos turistas do local... Fascinados com a presença daqueles animais, fomos surpreendidos pela chegada exuberante de um tuiuiú e um carcará (também atraídos por refeições gratuitas e de fácil acesso). Estes animais de rara beleza nos renderam muitos flashes pela manhã.

No período da tarde participamos de uma palestra de Cátia Nunes da UFMT, que junto com alguns colegas de trabalho veio até o hotel, já que nosso ônibus ainda não tinha dado sinal de vida, o que impossibilitava nosso deslocamento para onde quer fosse.
Após esta palestra nos dividiríamos em dois grupos para conhecer algumas paisagens pela transpantaneira, o grupo1 iria primeiro em um pequeno “caminhão” cedido pelo hotel até sua fazenda e este voltaria para pegar o grupo2, já que não cabíamos todos no veículo. Infelizmente, devido ao mau tempo, o segundo grupo que aguardava no hotel ficou de fora da atividade. Pode parecer um ato um pouco egoísta, mas agradeci profundamente ter ido no primeiro grupo...

O caminho pela transpantaneira foi incrível, pude ver e sentir o significado da palavra biodiversidade, esse conceito que já não tem nada de vazio ficou até mágico olhando a paisagem do Pantanal. Em contraste com a paisagem fofa, branca, homogênea e infinita do algodão, vista nos dias anteriores, naquele lugar nada parecia ser igual. Tive a impressão de que cada folha era diferente da outra, cada pequeno espaço filmado pelo olhar tinha uma característica singular. E esta paisagem, também infinita aos olhos, agora tinha o sopro da vida mais exuberante e exótica.



A chegada à fazenda não poderia ter sido mais perfeita, um funcionário – e guia local – do hotel tinha nos preparado bolinhos de chuva! Foi ótimo comer bolinho de chuva, em dia chuvoso em uma fazenda no Pantanal, dentro deste contexto eles ficaram até mais gostosos do que os preparados por qualquer avó, tradicionais guardiãs desta receita.

Quando os bolinhos acabaram, recebemos a honrosa visita de Marroco, um filhote de veado-campeiro que costuma passear pela fazenda e gentilmente aceitou nossos carinhos. Aliás, ele não se assustou nem com a chuva de flashes e nem mesmo com o alto e fino grito “não tira com flash senão ele foge”, dado por Clenes em seu particular momento de emoção, justamente repreendido por Marina...

Voltamos para o hotel quando já havia escurecido, tentando nos esconder da chuva no pequeno caminhão que só tinha o teto coberto, como esta tarefa estava muito difícil, foi preferível ouvir Guillaume tentar cantar hinos do futebol brasileiro.
A noite seguiu-se com trabalhos tão intensos quanto a alegria e as brincadeiras de Florian, que incomodou algumas pessoas que estavam em seus momentos de repouso noturno...

Escrito por Carla Moura

sábado, 22 de agosto de 2009

Fotos do Pantanal


Tu-iu-iu....


..... e seus gigantes ninhos

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dia 22 – O caminho entre Juína e o Pantanal de Poconé

A viagem começou bem cedo (antes das 6h) saindo do retiro das freiras em Juína rumo ao sul do Mato Grosso que engloba parte do Pantanal. Devido à total inexistência de horas de sono durante a virada do dia 21 para o 22 (provavelmente resultado da idéia de alguém que foi dormir e abandonou eu, Eve, Gabi e Maurício acordados) boa parte do dia para mim envolveu dormir. Em algum momento da manhã paramos num posto para tomar café da manhã num lugar que não tinha muito a oferecer, por isso acabamos comendo pão e geléia trazidos lá do retiro até Clenes e Nara aparecerem com muitos pães franceses, margarina e queijo.

Na volta para o ônibus, mais sono até acordar com uma galera falando por perto e o Edu procurando um mp3 que parecia ser algo que estava em baixo do meu pé. Um tempo depois entremos na cidade de Tangará da Serra para procurar um lugar para almoçar, isso envolveu ir e voltar algumas vezes em duas avenidas sem encontrar nenhum restaurante e acabamos parando no supermercado Big Master para comer na lanchonete e comprar umas comidinhas em 30 minutos, resultando na correria de sempre.

Novamente de volta ao nosso busão, descobrimos a criatividade da galera em momentos de necessidade, primeiro foi o suco de laranja não ingerido durante o “almoço” que foi parar numa garrafa PET e depois a descoberta de um modo de abrir castanhas do Pará com cascas, com o braço das cadeiras do corredor.



Outros momentos bons foram os relacionados aos roubos às freiras, o Maurício que pegou de propósito um travesseiro do retiro e que com certeza terá sonos assombrado por freiras. Também teve o Florian aparecendo do nada com uma chave na mão que simplesmente pertencia a uns dos quartos da “ala masculina”, vai entender como ele conseguiu ficar com a chave!!


Daí para frente foi uma mistura de mais cochilos, músicas, leituras, conversas e uma certa apreensão causada pelo aumento da velocidade e a proximidade com os veículos da nossa frente, até que entramos em um posto e....tãntãntãntãn...o busão pifa de vez! Ficamos um bom tempo no posto que ficava dentro do município de Cuiabá e aproveitamos para comer (janta ou lanche) enquanto os motoristas tentavam resolver a parte mecânica e acabaram descobrindo que seria necessária uma nova peça e que seria difícil conseguir. Com isso, começou a resolução de problemas pela Neli por telefone com a empresa do ônibus (que nos culpou por ir a lugares não combinados) e com o pessoal da EACH. Enfim, conseguiram duas vans para nos levar para Poconé e os motoristas ficaram no posto para ver o que seria feito com o busão.

Na van que fiquei as meninas brasileiras tiveram uma tentativa frustrada de assistir o recém dvd comprado pela Carlinha do desenho Cavalo de Fogo (aquele com a princesa Sara) que foi confundido pelo Vincent Dubreuil com algo de conteúdo duvidoso. Lá pela 1h30 da madrugada chegamos à pousada no Pantanal e a galera foi indo em direção aos seus quartos para tomar um necessário banho e dormir confortavelmente em uma cama. Eu, Gabi, Eve e Carlinha fomos tentar dar uma volta no local, mas os morcegos gigantes com suas rasantes nos fizeram voltar para os quartos.

Escrito por Carolina Jordão

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dia 21/07 - Juína


Presenteamos a Profª Neli


Havia uma certa expectativa em relação a Juína, pois, sabíamos de uns trabalhos do Paulo Nunes, que desenvolve projeto de "Promoção de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade nas Florestas de Fronteira do Noroeste do MT", através do PNUD com recursos do GEF atuando com pesquisas sobre os Sistemas Agroflorestais na Agricultura familiar desde 2001.

Os pequenos proprietários da região foram incentivados a implantarem os SAF's há 7 anos atrás em que o Pró-ambiente foi um dos programas responsáveis mas que agora estava parado.

Com isso faço a introdução do nosso dia de entrevistas com estes produtores: Cada grupo foi visitar uma família e, um grupo maior do qual eu fazia parte foi para a propriedade do Sr Rubi. Ele produzia café e guaraná e fazia um Sistema silvipastoril, área de floresta plantada (com diversidade significativa)onde o gado tinha sua área de lazer, e podia curtir uma sombrinha. Também havia a produção de mel e, para a nossa alegria não havia gado leiteiro!!!

Alguns colegas que visitaram outras propriedades ficaram muito satisfeitos com o que viram! Aquele povo de Juína tinha uma consciência ambiental.... O Sr Rubi poderia até ganhar um prêmio pela invenção de uma máquina de beneficiamento de café! Muito inteligente!!

teria sido resultado dos programas locais??? Ficou como lição de casa mais curiosidades e pesquisas.

Á tarde fomos de ônibus conhecer a cidade com um funcionário da Prefeitura que pôde nos contar algumas das preocupações e reivindicações dos colonos: posto de saúde, e área de esporte e lazer em todos os bairros. Mais tarde passamos no Museu do Índio, todos queriam levar lembranças daquela terra sagrada e quentinha.

A noite já estava programada há mais de uma semana: crepes franceses!!!
A turma toda entrou na cozinha pra cozinhar!!! Uma cozinha industrial gigante só pra gente!

Presenteamos a Profa Neli com um colar dos índios!

Foi mais um dia maravilhoso para lembrar!

Escrito por Jaborandi (Nara Lina Oliveira)





Alojamento em Juína

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dia 20/07- Cotriguaçú- Juína

Na correria de fechar as malas e estar prontos as 7h30 da manhã, tomamos um café da manhã rápido, e nos despedimos das pessoas da Fazenda Peugeot que nos ajudaram, o biólogo Roberto, a família que cozinhou para todos nós, o Alexandre, gerente da Fazenda, e outras pessoas que lembro fisionomicamente, mas não dos nomes. Apesar disso, sempre que nos despedíamos dessas pessoas, seus olhos brilhavam e eu sentia muita gratidão por poder estar ali e descobrir o Brasil também pelo conhecimento e impressão daqueles que encontramos pelo nosso caminho.
Este dia foi mais um dia literalmente de buzão. Entramos nele as 8h da manhã, almoçamos em Castanheira, e só chegamos em Juína umas 16h. O alojamento de Juína era muito legal, um convento, mas não haviam freiras, nós tínhamos dominado o lugar.. hehehe... Então nos aconchegamos nele, e logo em seguida começamos novamente nossos trabalhos na sala de comer. Trabalhamos até umas 20h, e fomos jantar. Nesse ponto da viagem já estávamos todos muito cansados, e algumas vezes, os horários marcados estavam sendo difíceis de serem cumpridos, mas no final, dava sempre tudo certo. Jantamos num restaurante do centro de Juína, servidos heroicamente por apenas um garçom, que fez a aeróbica do seu mês, já que tinha que pegar todos os nossos pedidos sozinho.
Os franceses compraram algumas cervejas deste restaurante mesmo, e fizemos uma despedida para a Solène, pesquisadora que vinha nos acompanhando e ajudando em nossos trabalhos mas que tinha que nos deixar no dia seguinte.
Por Clara Soler Jacq

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dia 19/07 Atividade na Peugeot

Domingão, e lá estávamos nós trabalhando....
tentando falar francês e entender nossos novos amigos da região da Bretanha! lembro que treinei bastante os números em francês neste dia, além de trabalhar duro medindo as árvores dos plantios da pesquisa de $$$$$ carbono $$$$$$!!!

Alguém tinha prometido que teríamos os domingos de folga, mas não foi o que aconteceu....

Escrito por Nara Lina

Dia 19/07 – Fazenda São Nicolau – Cotriguaçu

Tomamos nosso café ás 7:00 hs e depois assistimos a apresentação do projeto aplicado pela Peugeot na Fazenda São Nicolau. A Fazenda se localiza em Cotriguaçu a 104 km de Cuiabá, à margem esquerda do Rio Juruena.
O Projeto teve início em 1999 e tem como objetivos o reflorestamento de 2000 hectares, a captura e o armazenamento de carbono e a recuperação da biodiversidade. Foi-nos apresentada todas as linhas do projeto, resultados e ações futuras, já que o contrato mantido pela Peugeot é válido até 2039. Mesmo com as ações do projeto, as estimativas para a fauna do local e do entorno não são boas, a fazenda se localiza no arco do desmatamento da Floresta Amazônica.
Foram propostos 3 exercícios onde obteríamos dados referentes às áreas onde ocorreu o reflorestamento com e sem presença de gado para a comparação dos dados. Os exercícios implicavam a medição da circunferência e das alturas das árvores de reflorestamento para avaliar o desenvolvimento dessas árvores. Seguimos para o local e nos dividimos em vários grupos e passamos o dia e a tarde fazendo essas medições debaixo de sol, tendo apenas o almoço como intervalo.
Jantamos e depois discutimos sobre o andamento da viagem até ali. Também foi apresentado o resultado da atividade que realizamos naquele dia. As atividades serviram para corroborar com as hipóteses de que há mais matéria lenhosa em plantio de Teca em áreas com gado do que em áreas sem gado e que a regeneração natural de plantio de áreas que receberam gado é maior do que áreas de plantio que não receberam gado.

Por Juliana Delgado

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DIA 18 DE JULHO DE 2009 – ALTA FLORESTA – DESTINO: COTRIGUAÇU

Para andarmos 240 km de estrada, acordamos 5h30 para irmos à Cotriguaçu. Às 7h o grupo estava pronto, porém o cartão de crédito que fecharia nossa conta no Hotel Floresta Amazônica não funcionava. Saímos do hotel às 8h, portanto, não foi possível chegarmos no horário para pegar a balsa que nos levaria para o outro lado da estrada. Assim, quando eram 15h30 estávamos na frente do rio esperando a próxima balsa que só chegaria às 18h. Durante esta longa viagem até Cotriguaçu, fiz uma pequena análise do que vi e conheci até agora. “Considero o Mato Grosso uma terra abençoada, uma vez que possui três biomas importantes: o Cerrado, o Pantanal e a Floresta Amazônica. É uma região extremamente interessante devido à complexidade dos conflitos existentes. E nada mais perfeito do que um lugar tão cheio de diferenças para um grupo tão diferente entre si como o nosso. O fascinante é que esta diferença é a razão de nos divertirmos tanto, de aprendermos tanto uns com os outros, e disto nasce um paradoxo: no meio de tanta diferença percebemos que somos todos iguais. Iguais no sentido estudante de ser, com objetivos, dificuldades, expectativas e medos comuns. Iguais no sentido jovem de ser, sorrindo das mesmas coisas, cansando de certas situações, gostando de diversas coisas em comum, querendo fazer as mesmas coisas, etc; ou seja, sermos apenas jovens independentemente do país, da profissão, da idade, das convicções e de nossas histórias de vida. Jovens que possuem um desejo: fazer desta viagem uma história inesquecível.”
Finalmente, às 18h a balsa chega, porém o ônibus não consegue engatar a ré, então, os estudantes o empurram para que entre na balsa. Durante este trajeto, pudemos presenciar um belo pôr-do-sol. Chegamos na Fazenda São Nicolau às 21h, jantamos e nos acomodamos nos quartos. Descansamos depois de uma longa viagem até Cotriguaçu, e amanhã mais um dia de atividade que nos espera.


Por Mariane Marcheti

DIA 17 DE JULHO DE 2009 – ALTA FLORESTA – DESTINO: CARLINDA

Depois de dois dias maravilhosos na RPPN do Cristalino, acordamos 5h30 hoje e tínhamos como destino o município de Carlinda. Chegamos na Escola Estadual Frei Caneca às 8hh15, onde fomos muito bem recebidos pelos monitores do Centro Comunitário de Gestão Ambiental Integrada. O tema do dia foi à frente pioneira consolidada e tinha como objetivo a visita a um projeto de colonização do município por meio de assentamentos. Os estudantes brasileiros e franceses foram divididos em trios, os quais visitaram uma das oito comunidades, sendo estas: Palestina, Jerusalém, Rio Jordão, Monte das Oliveiras, Emaús, Nazaré, Monte Sinai e Belém.
As visitas foram realizadas durante a manhã e a tarde, sendo respondido um questionário desenvolvido pelo grupo do grande tema Desenvolvimento Sustentável. A realidade dos pequenos agricultores nos remete à carência de escolaridade, porém com um enorme conhecimento sobre a sua terra. Foram receptivos e abertos a contar sua história, sobre o que se sabe e sobre o que não se sabe. O destaque foi para dois aspectos, estes pequenos agricultores, muitas vezes, desconhecem conceitos técnicos como mata ciliar, reversa legal, denúncia verde entre outros; e o outro aspecto é que se percebe, que mesmo com histórias de vidas tão diferentes, o desejo de mudar, de se dispor a implementação de novas alternativas está presente nestes agricultores. No final da tarde, os trios voltaram para a Escola com os questionários respondidos e fizemos um encerramento.
A noite fomos à peça “Sons da floresta” apresentada pelo grupo Teatro Experimental. A peça foi ao ar livre e realizada na chácara Recanto das Orquídeas. A história encenada foi sobre a ocupação da Floresta Amazônica, relatando as expectativas que os migrantes possuíam sobre a região, o discurso político utilizado na época “Integrar para não entregar”, a percepção do índio e as conseqüências desta dinâmica de ocupação e uso do solo. Ao término da peça, jantamos no próprio Recanto das Orquídeas, um jantar muito bom.
Voltamos para o Hotel Floresta Amazônica, e o nós, o grupo de estudantes brasileiros e franceses, nos reunimos no deck da piscina. Fizemos uma pequena festa para conversarmos, rirmos e nos divertimos, depois de mais um dia de trabalho.

Por Mariane Marcheti

sábado, 8 de agosto de 2009

VAI VAI MUUU

"Será que eu vou berrar???"
Estávamos numa parada técnica da viagem (para as necessidades fisiológicas de alguns dos 42 integrantes do busão "JWA")quando nos deparamos com um ...... o que era aquilo, um bar??? ok , um bar que tocava um DVD de uma dupla de cantores, em que o som era transmitido em potentes alto-falantes !! e o mais surpreendente era o rítmo da música!! A melhor música de todas as paradas! a melhor de todas as rádios, a melhor de todo o faroeste Matogrossense! Levantamos fundos para levarmos o dvd com a gente e ouvirmos quando chegasse a vontade de voltar no tempo !!!
Texto escrito por Nara Lina

De Alta Floresta a Cotriguaçu

Para que todos possam vivenciar um pouco dos momentos árduos, apertados, empoeirados, inesquecíveis que passamos no ônibus!!! "JWA" conseguiu vencer com os seus súper motoristas, Sr. Paulo e Sr José!!Vejam que não foi fácil andar de 6 a 10 horas na estrada de chão, comendo pó! Só com máscaras e muita disposição mesmo!

Conclusão: Distância é relativa! Vale mais 300 Km no asfalto do que 100 km na terra.
Texto escrito por Nara Lina

Amanhecer na Tour Eiffel de la forêt.... paisagem dos sonhos

Paysage de tous les rêves!!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dia 16/07 A torre de 50 metros

Depois de uma noite maravilhosa com direito a trilha noturna pela floresta para observação de aranhas e festinha no deck flutuante em cima do rio Cristalino, acordamos quando ainda estava escuro e pegamos uma trilha para dentro da floresta onde nos deparamos com uma torre de 50 metros de altura. Enquanto agarrávamos as mãos e os pés nas barras de metal da torre pra chegar a cima das copas das árvores, podíamos sentir as variações de temperatura e umidade a medida que íamos passando pelos diferentes estratos da floresta.

Sensacional, é a única palavra que me vem à mente quando vejo os primeiros raios do sol pintando o céu de diferentes tonalidades e sob este céu um mar de árvores que vai ganhando vida com a incidência dos raios solares sobre as folhas, sem contar o canto dos pássaros e os gritos assustadores dos macacos que enchem o ar de música.

Enquanto meus olhos fitavam a floresta, fiquei pensando no tamanho da complexidade que existe neste ambiente, é muito impressionante, não existe sequer uma folhinha igual a outra! Presenciar a harmonia deste sistema vivo, imaginar as trocas de energia, as interações biológicas, físicas e químicas, tanto em pequena como em grande escala, enchem meu coração de alegria e gratidão.

Aproveito o momento para agradecer a Deus e a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a realização da viagem mais sensacional do mundo!!!

PS: O dia só estava começando...saindo da torre, encontramos uma família de macacos-aranha, tomamos um café da manhã maravilhoso, depois uma parte do grupo foi para a trilha da Serra e a outra parte para a trilha da Castanheira. Na volta desfrutamos das águas do rio Cristalino e do show de dança das borboletas verdes e amarelas...
Texto escrito por Marina Catanzaro

sábado, 1 de agosto de 2009

Dia 15/07/09 - Alta Floresta - Cristalino


Cristalino
Depois de poucas horas de sono, acordei com o barulho dos pássaros que cantavam do lado de fora. Quando sai do quarto (às 7:30 da manhã) finalmente minha ficha caiu “eu estou na Floresta Amazônica!!. Realizei um dos meus sonhos!!”.
Depois do café da manhã caminhamos um bom tempo por uma das trilhas que faríamos hoje. Chegamos a um ponto chamado de saleiro, um local onde diversos animais utilizam para repor os sais minerais do organismo. Depois desta, fizemos mais duas trilhas, inclusive uma durante a noite.
Passar estes dias conhecendo a Floresta Amazônica foi uma experiência única, consegui ver de perto a beleza da floresta, ouvi-la e perceber o quanto somos pequenos perante a sua grandeza!
Hoje, lembrando das imagens que vimos quando passamos por uma área que tinha acabado de ser desmatada, a soja, o gado, os diferentes interesses que envolvem a floresta... fiquei pensando nos desafios que devemos enfrentar para manter a floresta viva, pulsante!
Hoje foi um dia muito intenso e cansativo!! Mas não impediu a realização de uma festinha no deck do hotel!! Uma festa em grande estilo para encerrar um grande dia!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Caminho percorrido


Esse foi o percurso da nossa expedição!!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dia 14/07/09- Alta Floresta- Cristalino

Começamos outro dia intenso preparando mochilas para passarmos dois dias na floresta Amazônica, sem saber ao certo como seria, mas com expectativas animadoras, já que seriam os dois dias em que realmente estaríamos dentro da floresta. No entanto como chegaríamos lá só no final do dia, realizamos outras atividades ao decorrer do dia.
De manhã, visitamos uma propriedade onde pela primeira vez foi visto durante a viagem um Sistema Agroflorestal, sistema produtivo que mistura floresta com espécies vegetais ou animais estratégicas tanto para o consumo do proprietário como para comercialização. No caso desta fazenda, Fazenda Caiabi, haviam muitos SAFs que misturavam gado com castanheiras, ou guaraná com cacau, café e urucum. A principal fonte de renda vinha da pecuária, no entanto o guraná também possuia parcela considerável, tendo como mercado consumidor o estado de São Paulo. O grupo que possui como temática do projeto esse tipo de sistema produtivo pôde aplicar um questionário(sendo este resgatado correndo no nosso querido ônibus que tinha ficado à meia hora de caminhada, Nara e eu fizemos um maravilhoso cooper heheh), e ter uma conversa exclusiva (na caminhonete de Sr. Alexandre Araújo, gerente da fazenda), o que possibilitou uma percepção mais real de como funcionam estas práticas, e quais os problemas que as permeiam.
Em seguida, fomos em outra propriedade, que possuía piscicultura, onde fomos recebidos calorosamente por Seu Élsio e sua esposa com um delicioso almoço e sucos refrescantes de cupuaçu e limão. Após o almoço visitamos os lagos de piscicultura, sendo um mais limpo com peixes pequenos e outro com maior quantidade de matéria orgânica para dar uma "bolada" nos peixes maiores. Depois, Élsio mostrou algumas espécies de árvores e o laboratório onde ele cria seus peixes. Paralelamente à esta atividade, o grupo do Safs, visitou um saf ao lado da piscicultura e conversou com Seu Ismael Bizi, que respondeu a outro questionário e onde pudemos ver espécies de pupunha, cupuaçu, bananeiras, mamaozeiros, etc.
No final da tarde, encontramos dois guias da Escola da Amazônia, Sílvio e Edson, e subimos em outro ônibus, que apesar de estar com todas as janelas abertas, comemos muito menos poeira do que com o outro. Depois de músicas de marchinhas, outras da França, e muito calor, chegamos na beira de um rio. Como se fosse a porta de um mundo à parte, no início do pôr do sol, e numa paisagem maravilhosa, as primeiras lanchinhas saíram com uma parte do pessoal, e voltaram depois para pegar o resto. O trajeto entre o rio e o hotel Crsitalino foi como se fosse um deleite, a natureza nos acolhendo com toda a sua pureza. No meio da floresta, a lanchinha pára, e percebemos no meio do mato algumas luzes, indícios de que o hotel era ali. Chegando no hotel, somos recebidos com um suco de maracujá gelado, nos separamos por quartos, jantamos, e tivemos algumas palestras sobre a Fundação Cristalino, a Escola da Amazônia, biodiversidade e avisos dos animais que veríamos nos próximos dias. Depois deste dia repleto de emoções e informações, alguns foram se deitar ao som das cigarras, e outros foram admirar mais um pouco a natureza observando o céu mais estrelado que existe...
Texto escrito por Clara Soler Jacq

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Burn!

Urban beings finally get through the jungle

Dia 13/07 (segunda-feira) - De Sinop a Alta Floresta

Intenso! Assim foi nosso dia. Começando pelo café da manhã duplo: o primeiro no Hotel Cascavel (Sinop-MT), com direito a suco de uva 100% natural, e o segundo no SINDUSMAD (Sindicato das Industrias Madereiras do Norte do Mato Grosso), com direito ao estouro de xicara da Marina, vencedor do Mico de Ouro da viagem. Santo super poderes sobrenaturais, Batman!!
As 7h30 já estavamos na sala de reunião do sindicato para uma apresentação do presidente dos madeireiros sobre as atividades do setor no estado. Ao final tivemos a presença do deputado estadual e presidente da comissão legislativa de meio-ambiente. Sempre numa postura defensiva, tentavam esclarecer pré-conceitos sobre o poder degradante de suas atividades. No mesmo tom estavam os livros expostos no hall de entrada – “Mafia Verde” e “O Ambientalismo é um Colonialismo”. Ao final da apresentação, muitas câmeras e microfones da imprensa local e dos nossos queridos jornalistas da USP. O manhã terminou com uma visita à fabrica de madeiras do proprio presidente do sindicato: troncos de arvores de todos os diâmetros (acima de 50cm), compensados de espessuras diversas empilhados nos galpões e restos de tocos queimados num forno ao final da linha de produção. Ao longo dela, dezenas de funcionarios, oriundos dos quatro cantos do Brasil, mas geralmente com traços nordestinos no rosto, ficavam muitas vezes invisiveis nas explicações que recebiamos. Vimos, porém, que suas casas de madeira formavam uma pequena vila operaria na beira da estrada, logo ao lado da da usina. O Daniel foi mais uma vez a estrela entrevistada pela jornalista da Band e o David aproveitou a oportunidade para manifestar sua indignação, levantando o cartaz “Stop deforestation now”. Por fim, arrematamos as frutas, os bolos e os pães que sobraram do café e seguimos para uma visita à area de manejo sustentavel.


Intenso! Foi a primeira vez que entramos por inteiro numa area de floresta fechada. Vida, alegria, paz, liberdade, curiosidade, espanto, decepção, angustia, poeira, cheiro de gasolina, barulho de serra elétrica, calor, frescor, seres urbanos do Norte e do Sul descobrem uma floresta em movimento. O ônibus não pôde chegar até as clareiras e seguimos na boléia de uma camioneta. Ao chegarmos, de um lado encontramos troncos frescos, recém arrancados, empilhados e dou outro maquinas comandando uma orquestra ruidosa em harmonia com a extração sutentavel de arvores comercializaveis. Na camisa do Corentin, palavras sabias resumiam a situação – LET THE MACHINES TAKE THE CONTROL. Não esqueçamos, porém, que máquinas não andam sozinhas. Aprendemos que para retirar uma arvore, muito mais do que seis outras são sacrificadas, que as arvores remanescentes são identificadas por plaquetinhas e que realmente é muito dificil controlar e fiscalizar esse tipo de atividade econômica. Os mosquitos que o digam... Saimos da floresta completamente empoeirados e exaustos.

Vimos o sol se pôr mais uma vez de dentro do ônibus, o qual se tornou, não pela primeira nem pela ultima vez, um verdadeiro dormitorio, principal responsavel pela possibiolidade de recuperação de nossas energias fisicas. A viagem durou cerca de 4h até Alta Floresta. Chegamos ao por volta das 22h15 e jantamos logo em seguida. Fomos bem acolhidos, num hotel agradavel, por uma uma lua minguante e por um céu estrelado. Vivemos assim um dia intenso. Coincidência ou não, trata-se do dia internacional do rock 'n roll. Dormi feliz e satisfeito, ao som dos quatro garotos de Liverpool com a poesia de Lennon em “Strawberry Fields Forever”, “Across the universe” e "All you need is love".
Texto escrito por Guilherme Marinho Miranda


segunda-feira, 13 de julho de 2009

SINOP: uma Breve Apresentação

DIA 12/07 (Domingo) – SINOP
Acordamos bem tarde, por volta das 10h, com um som ao fundo de uma conhecida, porém não adorada, música gospel brasileira. Tomamos um belo café-da-manhã naquele bendito hotel, e fomos fazer um tour pelos arredores da cidade, conhecendo sua distribuição espacial e social, além de localizar o centro comercial. No centro da cidade, paramos para ouvir a explicação dos Prof Vincent D. e Neli sobre seu histórico e seu ordenamento. A cidade de SINOP (criada em 1972) é histórica da extração de madeira. Bem, planejada, a cidade possui duas vias de referência: a BR-163, que a corta de Norte a Sul, e a Avenida central, que a corta de Leste a Oeste. Juntas dividem a cidade em 3 eixos: indústrias, residências e associações religiosas.
Depois disso, fomos almoçar, mas como os brasileiros precisam de confirmação das atividades (e não demos), o restaurante não preparou nosso almoço. Assim, nossa refeição ficou marcada num outro restaurante da cidade, que nos disponibilizou momentos fartos de alegria com seus deliciosos pratos.
Logo após o almoço, fomos ao clube, onde nadamos na piscina, jogamos bola... Alguns saíram mais cedo para fazer alguns trabalhos de campo. Depois disso, voltamos para o hotel, nos reunimos em grupos de trabalho e demos continuidade aos projetos.
Jantamos no mesmo restaurante do dia anterior e voltamos para dormir, descansando para a próxima aventura em uma outra cidade desconhecida do estado do Mato Grosso: Alta Floresta.

texto escrito por Evelise e Gabriela

Sorriso, Vera, Feliz Natal, SINOP



DIA 11/07 (Sábado) – Sorriso, Vera, Feliz Natal, SINOP
Saímos de Sorriso pela manhã. No onibus, algumas pessoas expuseram suas opiniões sobre a viagem até o momento, seguidas de uma breve discussão. Pegamos a BR-163 em direção à cidade de SINOP.
No meio do caminho, passamos por alguns pequenos municípios importantes para a viagem, como Vera e Feliz Natal. Formadas por paranaenses, são bem planejadas. A primeira tem capital proveniente da produção de soja, enquanto que a segunda, da exploração da madeira. Vale ressaltar que comemos em Feliz Natal na casa do Papai Noel, um restaurante com bons pratos.
Voltando à BR-163, pudemos observar distintas paisagens durante nossa trajetória na zona de transição Cerrados-Amazônia, como as safrinhas de algodão, milho e milheto (características do período entre safra da soja), embaúbas (espécie característica de resiliência pós queimadas), reflorestamento de teca (espécie de árvore nativa da Ásia, também conhecido, popularmente, como “pinheiro cuiabano”).
Além disso, pudemos observar as quatro etapas do desmatamento: extração da madeira de interesse comercial, queimada da vegetação restante, corte raso para retirada da madeira restante, e, por fim, limpeza do terreno com fogo controlado. Dentre os cenários, um deles nos deixou sem palavras e com sentimentos de indignação e revolta: uma grande área mais semelhante a um campo de guerra, com árvores derrubadas e enegrecidas pelo fogo, alguns pontos de fogo ainda ativo e uma bruma esbranquiçada. Na frente dessa região, havia uma placa de título “Projeto de Manejo e Exploração Florestal Sustentável”.
No meio da estrada, demos carona para um trabalhador agrícola. Nosso grupo ficou tão surpreso, que envolveu o sujeito de perguntas, fazendo um grande alvoroço. Devido a isso, foi apelidado Balão.
Depois dessa empreitada, chegamos na cidade de SINOP por volta das 22h, na qual demos entrada no pior hotel que ficamos até o momento. Metade dos quartos eram localizados no estacionamento e alguns deles tinham as janelas dos banheiros expostas aos corredores, podendo serem observados por outros usuários do imóvel; janelas com vistas para outros ambientes do edifício, como lavanderia; chuveiros a 10ºC ou a 80ºC; entre outras características peculiares, como a recepção “acolhedora” do dono do hotel. Após devidamente instalados em nossos quartos, fomos jantar num ótimo restaurante, ao som de MPB com o artista Carlinhos Matogrosso.

texto escrito por Evelise e Gabriela

Dia 11/07 SORRISO



foto de Cecília Bastos

Oi gentem... vou falar para vocês um pouco de como foi a nossa passagem por Sorriso e a minha opinião em relação a alguns episódios.
Bem... para começar vou lhes informar sobre o critério utilizado para a escolha da cidade que eu me debruçaria a relatar no blog.
Imaginei Sorriso... uma cidade cheia de energia... pulsante... como um Sorriso. É inegável a existência de um certo encantamento com o nome e a graça que a cidade desperta.
Fomos muito bem acolhidos em um simpático hotel, comemos uma pizza de metro - que não perdeu em nada para as de São Paulo.
Enquanto tudo estava na órbita de uma boa anfitriã... Sorriso nos sorriu!!!
Enfim... saímos para o campo, para conhecer a realidade das grandes propriedades - fomos à Santa Maria da Amazônia, uma imensa propriedade... especializada no plantio de soja, milho e na pecuária. Assim mesmo... nesta ordem! Agronegócios de ponta!!! Não pretendo entrar em detalhe do tamanho da propriedade... quantidade de gado no pasto, área de plantio.... Uma propriedade faraônica, acredite. O que nos causa um certo constrangimento por saber que em nosso país as pessoas possuem a quantidade de terra, tanto quanto possam pagar por elas ou ... deixa pra lá!!!! A MP está para socorrer quem precisa!!!!
Gentilmente fomos recebidos com churrasco e apresentados a dois políticos da região, inclusive o presidente da Câmara de Vereadores que, se encarregaram em nos fazer um discurso político extremamente preocupado com a possível visão dos visitantes estrangeiros quanto às questões ambientais, digo, áreas de reserva legal e mata ciliar.
Também fomos apresentados a um projeto dirigido pelo Sr. Darci, o proprietário da fazenda. A intenção é boa... mas como diz o ditado popular “de boa intenção ... “, enfim conhecemos o CAT – O Clube Amigos da Terra de Sorriso, que em seu documento de apresentação, assim como, a apresentação verbal, visa orientar seus membros condutas de plantio de forma a manter preservadas as áreas de APP e mata ciliar e sobre a recuperação das áreas degradadas.
O clube na verdade é uma ONG patronal com o apoio da Prefeitura da Cidade de Sorriso, visando atender as fazendas associadas. Percebi uma preocupação muito evidente, até onde pude entender, de levar ao conhecimento do mundo, os potenciais compradores de seus produtos, o quanto estão preocupados com o meio ambiente, interessados em cumprir a legislação e, pasmem, os proprietários associados a ONG – Amigos da Terra de Sorriso, estão também preocupados com o que poderá vir a ser praticado pelas crianças de Sorriso no futuro. Por isso, em parceria com a Prefeitura, prepararam cartilhas educadoras a serem distribuídas nas escolas públicas e particulares sobre o tema “mantendo o sorriso vivo”.
Vale a pena lembrar que, as cartilhas provavelmente não foram revisadas, pois possuem erros grosseiros de conceitos ambientais, que pouco contribuíram para a educação das crianças e adultos de Sorriso.
Enquanto suposta mensageira dos proprietários afiliados ao CAT de Sorriso, quero dividir com os leitores deste blog que os fazendeiros os esforçam ao máximo para recuperar suas áreas degradadas, gastando cerca de R$ 4.000,00 por hectare. Detalhe.... sem assistência do Estado.
Como pode o Estado não lhes garantir o mínimo de condições para cumprir a lei? Afinal... são pessoas como a maioria dos brasileiros carentes de ajuda do Estado!!!
Você acha que um proprietário com 190.000 hectares de terra, realmente precisa de ajuda para recuperar a área de reserva legal que, por ambição, foi destruída para lavoura?
Estou pensando em encampar uma ampla frente de apoio aos proprietários de Sorriso que precisam de ajuda do Estado para a recuperação de suas áreas de reserva legal.
Vamos lançar aqui no nosso Blog, em total solidariedade aos megas produtores brasileiros de soja, milho, biocombustível e pecuaristas o programa CPCRL – Contribuição Provisória aos Carentes de Reserva Legal. A sua contribuição é muito importante para o setor!!!!

Clenes Louzeiro
Graduanda em Geografia pela USP




O quinto dia de viagem marca nossa entrada na famosa BR 163, que felizmente não fez jus à fama. Ao que parece, partes da estrada foram reforçadas para escoar milhões de toneladas de soja e demais produtos, portanto a viagem contou com menos surpresas do que se esperava. Das partes mais altas da BR pudemos ver a depressão cuiabana, pouco antes de visitarmos a Vanguarda do Brasil, a caminho de Sorriso. A Vanguarda é uma empresa exportadora de algodão principalmente para o mercado têxtil da China. Talvez alguns de nós já tenha visto o algodão da Vanguarda por aí, na forma de produtos de origem chinesa. Vale ressaltar que essa produção dá lugar à da soja em certos períodos, o que nos soará bastante familiar pelo menos até o município de Alta Floresta, afinal, ao sairmos da Vanguarda passamos por Lucas do Rio Verde com destino a Sorriso, o município que mais produz soja no Brasil.

Por Daniel Rondinelli Roquetti

Site do projeto

Temos um site do nosso projeto http://each.uspnet.usp.br/amazonia
Lá pode ser conferida a programação completa e outras informações sobre o nosso projeto.

Música do Projeto


Começamos uma música para o nosso projeto, que conta algumas aventuras da viagem:

É baseada numa música de capoeira chamada Paranauê

O Projeto da Amazônia Paraná
Visa intercambiar Ô iá iá
Dois países diferentes Paraná
Divididos pelo mar Ô iá iá

Paranauê Paranauê Paraná (3 vezes)

Brasileiros e franceses Paraná
Começaram a viajar Ô iá iá
De São Paulo a Mato Grosso Paraná
Beaucoup trop d´heures de bus Ô iá iá

Refrão

Lá em Rondonópolis Paraná
Conhecemos o Jeater Ô iá iá
Des usines aux plantations Paraná
Beaucoup trop de soja Ô iá iá

Refrão

Fundação Mato Grosso Paraná
Querendo nos enganar Ô iá iá
ADM nem deixando Paraná
A gente visitar Ô iá iá

Refrão

Soja apocaliptica Paraná
C´est fini com este lugar Ô iá iá

Refrão

O Cerrado e a Amazônia, Ô iá iá
biomas da região
têm futuros diferentes, Ô iá iá
conforme a legislação

Le problème c'est que le gens
disent qu´ ici c'est transition, Ô iá iá

Refrão

Indústria madeireira
Com intensa podução
Com manejo ou sem manejo
Não tem quem diga não

Refrão

Exploitation durable
Mensonges et illusions
Quels sont les intérêts
Les intérêts de cette nation

Refrão

Zoneamento planejado
Só funciona pra assentado
Produtores e políticos
Sócios na enganação

Refrão

Paradis isolé
Que pudemos conhecer

Tour Eiffel de la forêt
Paysage de tous le rêves!

Criação: Jaborandi (Nara) e Jacutinga (Clara)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cuiabá- Seminário


08/07/09
Chegamos em Cuiabá estonteados com a experiência única e incrível de apreciar a paisagem formada pela Chapada dos Guimarães. A noite, para relaxar da longa viagem, jantamos em um belo restaurante, e dançamos ao som de músicas de samba e forró.
No dia seguinte, às nove horas, segundo nossa programação, chegamos na Universidade Federal do Mato Grosso para um dia de Seminário sobre políticas públicas de controle ambiental e agro-industrial no Mato Grosso e fomos muito bem recebidos por Alice Thuault e Laurent Micop, dois franceses que trabalham no Instituto Centro Vida (ICV).
O Seminario foi dividido em duas partes: na primeira tivemos quatro apresentações com representantes da administração pública local e de uma recém doutora da Universidade de Brasilia, a respeito de que forma o meio ambiente é tratado pelo direito e de que forma nosso aparato legal e a administração se estruturam e articulam estratégias para conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Na segunda parte, atravás da apresentação de projetos do ICV, Aprosoja, The nature Conservancy (TNC), e da prefeitura de São Lucas do Rio Verde foi proporcionado a nos verificar as consequências das politicas ambientais no estado do mato grosso e as dificuldades reais encontradas por estes projetos.
Por fim, acredito que apesar de alguns momentos as falas terem sido cansativas foi possível extrair informações valiosas ao nosso projeto e identificar os distintos autores que participam da dinâmica de uso e ocupação do solo do estado de Mato grosso e os conflitos resultantes das interações entre eles.
Amanhã de manhã partiremos de Cuiabá e daremos continuidade a nossa odisséia pelo Mato Grosso a cidade de Novo Mundo.
Texto escrito por Gabriela Graça Ferreira

terça-feira, 7 de julho de 2009

Chegada em Rondonópolis






Depois de quase 30 horas de viagem, a expedição chega a Rondonópolis querendo 30 horas de descanso. Embora tenhamos parado no hotel apenas para desembarcar as malas, a fala do professor Jeater da UFMT, fez valer a pena cada minuto que passamos conhecendo as dinâmicas da cidade.
Da cidade para o sítio Vale Encantado, o almoço em um local com cachoeiras, lagos artificiais e rica avifauna não podia ser melhor. Lá, fizemos ateliês sobre análise de poluentes atmosféricos, sensoriamento remoto e análise da avifauna.
No segundo dia tivemos uma agenda marcada pela soja, que na realidade marca tudo em Rondonópolis. Visitamos a Fundação Mato Grosso, responsável pelo "melhoramento" genético de sementes; a fábrica de ração aniçal Zootec; e tentamos visitar a ADM, que recebeu muito bem nosso ônibus embora a expedição não pôde descer (talvez a empresa não tivesse calçado ou fosse perigoso para alguém). O segundo dia terminou na UFMT com o seminário sobre dinâmicas territoriais da região.
Agradeço novamente a todos que nos bem receberam e hospitalidade dos habitantes de Rondonópolis.
Escrito por Daniel Rondinelli Roqueti

terça-feira, 21 de abril de 2009

Conhecendo a Amazônia e conhecendo a EACH-USP


Vale a pena postar sobre a nossa unidade. Vamos identificar nossos territórios...

http://www.each.usp.br/ (Curso de Gestão Ambiental)

Será um caminho longo da EACH até a Amzônia....

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bem vindos et Bienvenus!

Olá pessoal!

Iniciaremos nosso blog para o nosso querido projeto, "Conhecendo a Amazônia"!

Poderemos postar nossos projetos e fotos da viagem além dos relatos diários...

Abraços!

Salut les Français!!

Nous vous souhaitons la bienvenue dans notre blog...
Il sera utilisé pour les récits du voyage ainsi que pour poster nos projets!

On vous embrasse!