quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DIA 17 DE JULHO DE 2009 – ALTA FLORESTA – DESTINO: CARLINDA

Depois de dois dias maravilhosos na RPPN do Cristalino, acordamos 5h30 hoje e tínhamos como destino o município de Carlinda. Chegamos na Escola Estadual Frei Caneca às 8hh15, onde fomos muito bem recebidos pelos monitores do Centro Comunitário de Gestão Ambiental Integrada. O tema do dia foi à frente pioneira consolidada e tinha como objetivo a visita a um projeto de colonização do município por meio de assentamentos. Os estudantes brasileiros e franceses foram divididos em trios, os quais visitaram uma das oito comunidades, sendo estas: Palestina, Jerusalém, Rio Jordão, Monte das Oliveiras, Emaús, Nazaré, Monte Sinai e Belém.
As visitas foram realizadas durante a manhã e a tarde, sendo respondido um questionário desenvolvido pelo grupo do grande tema Desenvolvimento Sustentável. A realidade dos pequenos agricultores nos remete à carência de escolaridade, porém com um enorme conhecimento sobre a sua terra. Foram receptivos e abertos a contar sua história, sobre o que se sabe e sobre o que não se sabe. O destaque foi para dois aspectos, estes pequenos agricultores, muitas vezes, desconhecem conceitos técnicos como mata ciliar, reversa legal, denúncia verde entre outros; e o outro aspecto é que se percebe, que mesmo com histórias de vidas tão diferentes, o desejo de mudar, de se dispor a implementação de novas alternativas está presente nestes agricultores. No final da tarde, os trios voltaram para a Escola com os questionários respondidos e fizemos um encerramento.
A noite fomos à peça “Sons da floresta” apresentada pelo grupo Teatro Experimental. A peça foi ao ar livre e realizada na chácara Recanto das Orquídeas. A história encenada foi sobre a ocupação da Floresta Amazônica, relatando as expectativas que os migrantes possuíam sobre a região, o discurso político utilizado na época “Integrar para não entregar”, a percepção do índio e as conseqüências desta dinâmica de ocupação e uso do solo. Ao término da peça, jantamos no próprio Recanto das Orquídeas, um jantar muito bom.
Voltamos para o Hotel Floresta Amazônica, e o nós, o grupo de estudantes brasileiros e franceses, nos reunimos no deck da piscina. Fizemos uma pequena festa para conversarmos, rirmos e nos divertimos, depois de mais um dia de trabalho.

Por Mariane Marcheti

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