sexta-feira, 31 de julho de 2009

Caminho percorrido


Esse foi o percurso da nossa expedição!!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dia 14/07/09- Alta Floresta- Cristalino

Começamos outro dia intenso preparando mochilas para passarmos dois dias na floresta Amazônica, sem saber ao certo como seria, mas com expectativas animadoras, já que seriam os dois dias em que realmente estaríamos dentro da floresta. No entanto como chegaríamos lá só no final do dia, realizamos outras atividades ao decorrer do dia.
De manhã, visitamos uma propriedade onde pela primeira vez foi visto durante a viagem um Sistema Agroflorestal, sistema produtivo que mistura floresta com espécies vegetais ou animais estratégicas tanto para o consumo do proprietário como para comercialização. No caso desta fazenda, Fazenda Caiabi, haviam muitos SAFs que misturavam gado com castanheiras, ou guaraná com cacau, café e urucum. A principal fonte de renda vinha da pecuária, no entanto o guraná também possuia parcela considerável, tendo como mercado consumidor o estado de São Paulo. O grupo que possui como temática do projeto esse tipo de sistema produtivo pôde aplicar um questionário(sendo este resgatado correndo no nosso querido ônibus que tinha ficado à meia hora de caminhada, Nara e eu fizemos um maravilhoso cooper heheh), e ter uma conversa exclusiva (na caminhonete de Sr. Alexandre Araújo, gerente da fazenda), o que possibilitou uma percepção mais real de como funcionam estas práticas, e quais os problemas que as permeiam.
Em seguida, fomos em outra propriedade, que possuía piscicultura, onde fomos recebidos calorosamente por Seu Élsio e sua esposa com um delicioso almoço e sucos refrescantes de cupuaçu e limão. Após o almoço visitamos os lagos de piscicultura, sendo um mais limpo com peixes pequenos e outro com maior quantidade de matéria orgânica para dar uma "bolada" nos peixes maiores. Depois, Élsio mostrou algumas espécies de árvores e o laboratório onde ele cria seus peixes. Paralelamente à esta atividade, o grupo do Safs, visitou um saf ao lado da piscicultura e conversou com Seu Ismael Bizi, que respondeu a outro questionário e onde pudemos ver espécies de pupunha, cupuaçu, bananeiras, mamaozeiros, etc.
No final da tarde, encontramos dois guias da Escola da Amazônia, Sílvio e Edson, e subimos em outro ônibus, que apesar de estar com todas as janelas abertas, comemos muito menos poeira do que com o outro. Depois de músicas de marchinhas, outras da França, e muito calor, chegamos na beira de um rio. Como se fosse a porta de um mundo à parte, no início do pôr do sol, e numa paisagem maravilhosa, as primeiras lanchinhas saíram com uma parte do pessoal, e voltaram depois para pegar o resto. O trajeto entre o rio e o hotel Crsitalino foi como se fosse um deleite, a natureza nos acolhendo com toda a sua pureza. No meio da floresta, a lanchinha pára, e percebemos no meio do mato algumas luzes, indícios de que o hotel era ali. Chegando no hotel, somos recebidos com um suco de maracujá gelado, nos separamos por quartos, jantamos, e tivemos algumas palestras sobre a Fundação Cristalino, a Escola da Amazônia, biodiversidade e avisos dos animais que veríamos nos próximos dias. Depois deste dia repleto de emoções e informações, alguns foram se deitar ao som das cigarras, e outros foram admirar mais um pouco a natureza observando o céu mais estrelado que existe...
Texto escrito por Clara Soler Jacq

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Burn!

Urban beings finally get through the jungle

Dia 13/07 (segunda-feira) - De Sinop a Alta Floresta

Intenso! Assim foi nosso dia. Começando pelo café da manhã duplo: o primeiro no Hotel Cascavel (Sinop-MT), com direito a suco de uva 100% natural, e o segundo no SINDUSMAD (Sindicato das Industrias Madereiras do Norte do Mato Grosso), com direito ao estouro de xicara da Marina, vencedor do Mico de Ouro da viagem. Santo super poderes sobrenaturais, Batman!!
As 7h30 já estavamos na sala de reunião do sindicato para uma apresentação do presidente dos madeireiros sobre as atividades do setor no estado. Ao final tivemos a presença do deputado estadual e presidente da comissão legislativa de meio-ambiente. Sempre numa postura defensiva, tentavam esclarecer pré-conceitos sobre o poder degradante de suas atividades. No mesmo tom estavam os livros expostos no hall de entrada – “Mafia Verde” e “O Ambientalismo é um Colonialismo”. Ao final da apresentação, muitas câmeras e microfones da imprensa local e dos nossos queridos jornalistas da USP. O manhã terminou com uma visita à fabrica de madeiras do proprio presidente do sindicato: troncos de arvores de todos os diâmetros (acima de 50cm), compensados de espessuras diversas empilhados nos galpões e restos de tocos queimados num forno ao final da linha de produção. Ao longo dela, dezenas de funcionarios, oriundos dos quatro cantos do Brasil, mas geralmente com traços nordestinos no rosto, ficavam muitas vezes invisiveis nas explicações que recebiamos. Vimos, porém, que suas casas de madeira formavam uma pequena vila operaria na beira da estrada, logo ao lado da da usina. O Daniel foi mais uma vez a estrela entrevistada pela jornalista da Band e o David aproveitou a oportunidade para manifestar sua indignação, levantando o cartaz “Stop deforestation now”. Por fim, arrematamos as frutas, os bolos e os pães que sobraram do café e seguimos para uma visita à area de manejo sustentavel.


Intenso! Foi a primeira vez que entramos por inteiro numa area de floresta fechada. Vida, alegria, paz, liberdade, curiosidade, espanto, decepção, angustia, poeira, cheiro de gasolina, barulho de serra elétrica, calor, frescor, seres urbanos do Norte e do Sul descobrem uma floresta em movimento. O ônibus não pôde chegar até as clareiras e seguimos na boléia de uma camioneta. Ao chegarmos, de um lado encontramos troncos frescos, recém arrancados, empilhados e dou outro maquinas comandando uma orquestra ruidosa em harmonia com a extração sutentavel de arvores comercializaveis. Na camisa do Corentin, palavras sabias resumiam a situação – LET THE MACHINES TAKE THE CONTROL. Não esqueçamos, porém, que máquinas não andam sozinhas. Aprendemos que para retirar uma arvore, muito mais do que seis outras são sacrificadas, que as arvores remanescentes são identificadas por plaquetinhas e que realmente é muito dificil controlar e fiscalizar esse tipo de atividade econômica. Os mosquitos que o digam... Saimos da floresta completamente empoeirados e exaustos.

Vimos o sol se pôr mais uma vez de dentro do ônibus, o qual se tornou, não pela primeira nem pela ultima vez, um verdadeiro dormitorio, principal responsavel pela possibiolidade de recuperação de nossas energias fisicas. A viagem durou cerca de 4h até Alta Floresta. Chegamos ao por volta das 22h15 e jantamos logo em seguida. Fomos bem acolhidos, num hotel agradavel, por uma uma lua minguante e por um céu estrelado. Vivemos assim um dia intenso. Coincidência ou não, trata-se do dia internacional do rock 'n roll. Dormi feliz e satisfeito, ao som dos quatro garotos de Liverpool com a poesia de Lennon em “Strawberry Fields Forever”, “Across the universe” e "All you need is love".
Texto escrito por Guilherme Marinho Miranda


segunda-feira, 13 de julho de 2009

SINOP: uma Breve Apresentação

DIA 12/07 (Domingo) – SINOP
Acordamos bem tarde, por volta das 10h, com um som ao fundo de uma conhecida, porém não adorada, música gospel brasileira. Tomamos um belo café-da-manhã naquele bendito hotel, e fomos fazer um tour pelos arredores da cidade, conhecendo sua distribuição espacial e social, além de localizar o centro comercial. No centro da cidade, paramos para ouvir a explicação dos Prof Vincent D. e Neli sobre seu histórico e seu ordenamento. A cidade de SINOP (criada em 1972) é histórica da extração de madeira. Bem, planejada, a cidade possui duas vias de referência: a BR-163, que a corta de Norte a Sul, e a Avenida central, que a corta de Leste a Oeste. Juntas dividem a cidade em 3 eixos: indústrias, residências e associações religiosas.
Depois disso, fomos almoçar, mas como os brasileiros precisam de confirmação das atividades (e não demos), o restaurante não preparou nosso almoço. Assim, nossa refeição ficou marcada num outro restaurante da cidade, que nos disponibilizou momentos fartos de alegria com seus deliciosos pratos.
Logo após o almoço, fomos ao clube, onde nadamos na piscina, jogamos bola... Alguns saíram mais cedo para fazer alguns trabalhos de campo. Depois disso, voltamos para o hotel, nos reunimos em grupos de trabalho e demos continuidade aos projetos.
Jantamos no mesmo restaurante do dia anterior e voltamos para dormir, descansando para a próxima aventura em uma outra cidade desconhecida do estado do Mato Grosso: Alta Floresta.

texto escrito por Evelise e Gabriela

Sorriso, Vera, Feliz Natal, SINOP



DIA 11/07 (Sábado) – Sorriso, Vera, Feliz Natal, SINOP
Saímos de Sorriso pela manhã. No onibus, algumas pessoas expuseram suas opiniões sobre a viagem até o momento, seguidas de uma breve discussão. Pegamos a BR-163 em direção à cidade de SINOP.
No meio do caminho, passamos por alguns pequenos municípios importantes para a viagem, como Vera e Feliz Natal. Formadas por paranaenses, são bem planejadas. A primeira tem capital proveniente da produção de soja, enquanto que a segunda, da exploração da madeira. Vale ressaltar que comemos em Feliz Natal na casa do Papai Noel, um restaurante com bons pratos.
Voltando à BR-163, pudemos observar distintas paisagens durante nossa trajetória na zona de transição Cerrados-Amazônia, como as safrinhas de algodão, milho e milheto (características do período entre safra da soja), embaúbas (espécie característica de resiliência pós queimadas), reflorestamento de teca (espécie de árvore nativa da Ásia, também conhecido, popularmente, como “pinheiro cuiabano”).
Além disso, pudemos observar as quatro etapas do desmatamento: extração da madeira de interesse comercial, queimada da vegetação restante, corte raso para retirada da madeira restante, e, por fim, limpeza do terreno com fogo controlado. Dentre os cenários, um deles nos deixou sem palavras e com sentimentos de indignação e revolta: uma grande área mais semelhante a um campo de guerra, com árvores derrubadas e enegrecidas pelo fogo, alguns pontos de fogo ainda ativo e uma bruma esbranquiçada. Na frente dessa região, havia uma placa de título “Projeto de Manejo e Exploração Florestal Sustentável”.
No meio da estrada, demos carona para um trabalhador agrícola. Nosso grupo ficou tão surpreso, que envolveu o sujeito de perguntas, fazendo um grande alvoroço. Devido a isso, foi apelidado Balão.
Depois dessa empreitada, chegamos na cidade de SINOP por volta das 22h, na qual demos entrada no pior hotel que ficamos até o momento. Metade dos quartos eram localizados no estacionamento e alguns deles tinham as janelas dos banheiros expostas aos corredores, podendo serem observados por outros usuários do imóvel; janelas com vistas para outros ambientes do edifício, como lavanderia; chuveiros a 10ºC ou a 80ºC; entre outras características peculiares, como a recepção “acolhedora” do dono do hotel. Após devidamente instalados em nossos quartos, fomos jantar num ótimo restaurante, ao som de MPB com o artista Carlinhos Matogrosso.

texto escrito por Evelise e Gabriela

Dia 11/07 SORRISO



foto de Cecília Bastos

Oi gentem... vou falar para vocês um pouco de como foi a nossa passagem por Sorriso e a minha opinião em relação a alguns episódios.
Bem... para começar vou lhes informar sobre o critério utilizado para a escolha da cidade que eu me debruçaria a relatar no blog.
Imaginei Sorriso... uma cidade cheia de energia... pulsante... como um Sorriso. É inegável a existência de um certo encantamento com o nome e a graça que a cidade desperta.
Fomos muito bem acolhidos em um simpático hotel, comemos uma pizza de metro - que não perdeu em nada para as de São Paulo.
Enquanto tudo estava na órbita de uma boa anfitriã... Sorriso nos sorriu!!!
Enfim... saímos para o campo, para conhecer a realidade das grandes propriedades - fomos à Santa Maria da Amazônia, uma imensa propriedade... especializada no plantio de soja, milho e na pecuária. Assim mesmo... nesta ordem! Agronegócios de ponta!!! Não pretendo entrar em detalhe do tamanho da propriedade... quantidade de gado no pasto, área de plantio.... Uma propriedade faraônica, acredite. O que nos causa um certo constrangimento por saber que em nosso país as pessoas possuem a quantidade de terra, tanto quanto possam pagar por elas ou ... deixa pra lá!!!! A MP está para socorrer quem precisa!!!!
Gentilmente fomos recebidos com churrasco e apresentados a dois políticos da região, inclusive o presidente da Câmara de Vereadores que, se encarregaram em nos fazer um discurso político extremamente preocupado com a possível visão dos visitantes estrangeiros quanto às questões ambientais, digo, áreas de reserva legal e mata ciliar.
Também fomos apresentados a um projeto dirigido pelo Sr. Darci, o proprietário da fazenda. A intenção é boa... mas como diz o ditado popular “de boa intenção ... “, enfim conhecemos o CAT – O Clube Amigos da Terra de Sorriso, que em seu documento de apresentação, assim como, a apresentação verbal, visa orientar seus membros condutas de plantio de forma a manter preservadas as áreas de APP e mata ciliar e sobre a recuperação das áreas degradadas.
O clube na verdade é uma ONG patronal com o apoio da Prefeitura da Cidade de Sorriso, visando atender as fazendas associadas. Percebi uma preocupação muito evidente, até onde pude entender, de levar ao conhecimento do mundo, os potenciais compradores de seus produtos, o quanto estão preocupados com o meio ambiente, interessados em cumprir a legislação e, pasmem, os proprietários associados a ONG – Amigos da Terra de Sorriso, estão também preocupados com o que poderá vir a ser praticado pelas crianças de Sorriso no futuro. Por isso, em parceria com a Prefeitura, prepararam cartilhas educadoras a serem distribuídas nas escolas públicas e particulares sobre o tema “mantendo o sorriso vivo”.
Vale a pena lembrar que, as cartilhas provavelmente não foram revisadas, pois possuem erros grosseiros de conceitos ambientais, que pouco contribuíram para a educação das crianças e adultos de Sorriso.
Enquanto suposta mensageira dos proprietários afiliados ao CAT de Sorriso, quero dividir com os leitores deste blog que os fazendeiros os esforçam ao máximo para recuperar suas áreas degradadas, gastando cerca de R$ 4.000,00 por hectare. Detalhe.... sem assistência do Estado.
Como pode o Estado não lhes garantir o mínimo de condições para cumprir a lei? Afinal... são pessoas como a maioria dos brasileiros carentes de ajuda do Estado!!!
Você acha que um proprietário com 190.000 hectares de terra, realmente precisa de ajuda para recuperar a área de reserva legal que, por ambição, foi destruída para lavoura?
Estou pensando em encampar uma ampla frente de apoio aos proprietários de Sorriso que precisam de ajuda do Estado para a recuperação de suas áreas de reserva legal.
Vamos lançar aqui no nosso Blog, em total solidariedade aos megas produtores brasileiros de soja, milho, biocombustível e pecuaristas o programa CPCRL – Contribuição Provisória aos Carentes de Reserva Legal. A sua contribuição é muito importante para o setor!!!!

Clenes Louzeiro
Graduanda em Geografia pela USP




O quinto dia de viagem marca nossa entrada na famosa BR 163, que felizmente não fez jus à fama. Ao que parece, partes da estrada foram reforçadas para escoar milhões de toneladas de soja e demais produtos, portanto a viagem contou com menos surpresas do que se esperava. Das partes mais altas da BR pudemos ver a depressão cuiabana, pouco antes de visitarmos a Vanguarda do Brasil, a caminho de Sorriso. A Vanguarda é uma empresa exportadora de algodão principalmente para o mercado têxtil da China. Talvez alguns de nós já tenha visto o algodão da Vanguarda por aí, na forma de produtos de origem chinesa. Vale ressaltar que essa produção dá lugar à da soja em certos períodos, o que nos soará bastante familiar pelo menos até o município de Alta Floresta, afinal, ao sairmos da Vanguarda passamos por Lucas do Rio Verde com destino a Sorriso, o município que mais produz soja no Brasil.

Por Daniel Rondinelli Roquetti

Site do projeto

Temos um site do nosso projeto http://each.uspnet.usp.br/amazonia
Lá pode ser conferida a programação completa e outras informações sobre o nosso projeto.

Música do Projeto


Começamos uma música para o nosso projeto, que conta algumas aventuras da viagem:

É baseada numa música de capoeira chamada Paranauê

O Projeto da Amazônia Paraná
Visa intercambiar Ô iá iá
Dois países diferentes Paraná
Divididos pelo mar Ô iá iá

Paranauê Paranauê Paraná (3 vezes)

Brasileiros e franceses Paraná
Começaram a viajar Ô iá iá
De São Paulo a Mato Grosso Paraná
Beaucoup trop d´heures de bus Ô iá iá

Refrão

Lá em Rondonópolis Paraná
Conhecemos o Jeater Ô iá iá
Des usines aux plantations Paraná
Beaucoup trop de soja Ô iá iá

Refrão

Fundação Mato Grosso Paraná
Querendo nos enganar Ô iá iá
ADM nem deixando Paraná
A gente visitar Ô iá iá

Refrão

Soja apocaliptica Paraná
C´est fini com este lugar Ô iá iá

Refrão

O Cerrado e a Amazônia, Ô iá iá
biomas da região
têm futuros diferentes, Ô iá iá
conforme a legislação

Le problème c'est que le gens
disent qu´ ici c'est transition, Ô iá iá

Refrão

Indústria madeireira
Com intensa podução
Com manejo ou sem manejo
Não tem quem diga não

Refrão

Exploitation durable
Mensonges et illusions
Quels sont les intérêts
Les intérêts de cette nation

Refrão

Zoneamento planejado
Só funciona pra assentado
Produtores e políticos
Sócios na enganação

Refrão

Paradis isolé
Que pudemos conhecer

Tour Eiffel de la forêt
Paysage de tous le rêves!

Criação: Jaborandi (Nara) e Jacutinga (Clara)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cuiabá- Seminário


08/07/09
Chegamos em Cuiabá estonteados com a experiência única e incrível de apreciar a paisagem formada pela Chapada dos Guimarães. A noite, para relaxar da longa viagem, jantamos em um belo restaurante, e dançamos ao som de músicas de samba e forró.
No dia seguinte, às nove horas, segundo nossa programação, chegamos na Universidade Federal do Mato Grosso para um dia de Seminário sobre políticas públicas de controle ambiental e agro-industrial no Mato Grosso e fomos muito bem recebidos por Alice Thuault e Laurent Micop, dois franceses que trabalham no Instituto Centro Vida (ICV).
O Seminario foi dividido em duas partes: na primeira tivemos quatro apresentações com representantes da administração pública local e de uma recém doutora da Universidade de Brasilia, a respeito de que forma o meio ambiente é tratado pelo direito e de que forma nosso aparato legal e a administração se estruturam e articulam estratégias para conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Na segunda parte, atravás da apresentação de projetos do ICV, Aprosoja, The nature Conservancy (TNC), e da prefeitura de São Lucas do Rio Verde foi proporcionado a nos verificar as consequências das politicas ambientais no estado do mato grosso e as dificuldades reais encontradas por estes projetos.
Por fim, acredito que apesar de alguns momentos as falas terem sido cansativas foi possível extrair informações valiosas ao nosso projeto e identificar os distintos autores que participam da dinâmica de uso e ocupação do solo do estado de Mato grosso e os conflitos resultantes das interações entre eles.
Amanhã de manhã partiremos de Cuiabá e daremos continuidade a nossa odisséia pelo Mato Grosso a cidade de Novo Mundo.
Texto escrito por Gabriela Graça Ferreira

terça-feira, 7 de julho de 2009

Chegada em Rondonópolis






Depois de quase 30 horas de viagem, a expedição chega a Rondonópolis querendo 30 horas de descanso. Embora tenhamos parado no hotel apenas para desembarcar as malas, a fala do professor Jeater da UFMT, fez valer a pena cada minuto que passamos conhecendo as dinâmicas da cidade.
Da cidade para o sítio Vale Encantado, o almoço em um local com cachoeiras, lagos artificiais e rica avifauna não podia ser melhor. Lá, fizemos ateliês sobre análise de poluentes atmosféricos, sensoriamento remoto e análise da avifauna.
No segundo dia tivemos uma agenda marcada pela soja, que na realidade marca tudo em Rondonópolis. Visitamos a Fundação Mato Grosso, responsável pelo "melhoramento" genético de sementes; a fábrica de ração aniçal Zootec; e tentamos visitar a ADM, que recebeu muito bem nosso ônibus embora a expedição não pôde descer (talvez a empresa não tivesse calçado ou fosse perigoso para alguém). O segundo dia terminou na UFMT com o seminário sobre dinâmicas territoriais da região.
Agradeço novamente a todos que nos bem receberam e hospitalidade dos habitantes de Rondonópolis.
Escrito por Daniel Rondinelli Roqueti