quarta-feira, 29 de julho de 2009

Urban beings finally get through the jungle

Dia 13/07 (segunda-feira) - De Sinop a Alta Floresta

Intenso! Assim foi nosso dia. Começando pelo café da manhã duplo: o primeiro no Hotel Cascavel (Sinop-MT), com direito a suco de uva 100% natural, e o segundo no SINDUSMAD (Sindicato das Industrias Madereiras do Norte do Mato Grosso), com direito ao estouro de xicara da Marina, vencedor do Mico de Ouro da viagem. Santo super poderes sobrenaturais, Batman!!
As 7h30 já estavamos na sala de reunião do sindicato para uma apresentação do presidente dos madeireiros sobre as atividades do setor no estado. Ao final tivemos a presença do deputado estadual e presidente da comissão legislativa de meio-ambiente. Sempre numa postura defensiva, tentavam esclarecer pré-conceitos sobre o poder degradante de suas atividades. No mesmo tom estavam os livros expostos no hall de entrada – “Mafia Verde” e “O Ambientalismo é um Colonialismo”. Ao final da apresentação, muitas câmeras e microfones da imprensa local e dos nossos queridos jornalistas da USP. O manhã terminou com uma visita à fabrica de madeiras do proprio presidente do sindicato: troncos de arvores de todos os diâmetros (acima de 50cm), compensados de espessuras diversas empilhados nos galpões e restos de tocos queimados num forno ao final da linha de produção. Ao longo dela, dezenas de funcionarios, oriundos dos quatro cantos do Brasil, mas geralmente com traços nordestinos no rosto, ficavam muitas vezes invisiveis nas explicações que recebiamos. Vimos, porém, que suas casas de madeira formavam uma pequena vila operaria na beira da estrada, logo ao lado da da usina. O Daniel foi mais uma vez a estrela entrevistada pela jornalista da Band e o David aproveitou a oportunidade para manifestar sua indignação, levantando o cartaz “Stop deforestation now”. Por fim, arrematamos as frutas, os bolos e os pães que sobraram do café e seguimos para uma visita à area de manejo sustentavel.


Intenso! Foi a primeira vez que entramos por inteiro numa area de floresta fechada. Vida, alegria, paz, liberdade, curiosidade, espanto, decepção, angustia, poeira, cheiro de gasolina, barulho de serra elétrica, calor, frescor, seres urbanos do Norte e do Sul descobrem uma floresta em movimento. O ônibus não pôde chegar até as clareiras e seguimos na boléia de uma camioneta. Ao chegarmos, de um lado encontramos troncos frescos, recém arrancados, empilhados e dou outro maquinas comandando uma orquestra ruidosa em harmonia com a extração sutentavel de arvores comercializaveis. Na camisa do Corentin, palavras sabias resumiam a situação – LET THE MACHINES TAKE THE CONTROL. Não esqueçamos, porém, que máquinas não andam sozinhas. Aprendemos que para retirar uma arvore, muito mais do que seis outras são sacrificadas, que as arvores remanescentes são identificadas por plaquetinhas e que realmente é muito dificil controlar e fiscalizar esse tipo de atividade econômica. Os mosquitos que o digam... Saimos da floresta completamente empoeirados e exaustos.

Vimos o sol se pôr mais uma vez de dentro do ônibus, o qual se tornou, não pela primeira nem pela ultima vez, um verdadeiro dormitorio, principal responsavel pela possibiolidade de recuperação de nossas energias fisicas. A viagem durou cerca de 4h até Alta Floresta. Chegamos ao por volta das 22h15 e jantamos logo em seguida. Fomos bem acolhidos, num hotel agradavel, por uma uma lua minguante e por um céu estrelado. Vivemos assim um dia intenso. Coincidência ou não, trata-se do dia internacional do rock 'n roll. Dormi feliz e satisfeito, ao som dos quatro garotos de Liverpool com a poesia de Lennon em “Strawberry Fields Forever”, “Across the universe” e "All you need is love".
Texto escrito por Guilherme Marinho Miranda


Um comentário:

  1. De quem é esse post?? Gui??

    Era bom sempre aparecer quem escreveu!rsrs

    Bjos,
    Carol

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